Estônia

Somos uma grande família missionária.

Dados gerais

A Estônia, país no norte da Europa, é banhada pelo Mar Báltico e limitada pelo Golfo da Finlândia. Com mais de 1.500 ilhas, sua paisagem diversificada abrange praias rochosas, florestas primitivas e muitos lagos. Ex-república da União Soviética, a nação é repleta de castelos, igrejas e fortalezas no alto de colinas. A capital, Tallinn, é conhecida pela Cidade Antiga preservada, pelos museus e pela torre de televisão de Tallinn, que tem 314 m de altura e conta com uma plataforma de observação.

  • Capital: Tallin
  • Língua oficial: Estoniano​
  • Forma de Governo: República Parlamentarista
  • Área total: 45 339 km2
  • População: 1 323 824 habitantes
  • Moeda: Euro € (EUR)

Religião

Sem Filiação
34.1%
Não Especificadas
32%
Luterana
13.6%
Outros
20.3%

Dos 20,3% em Outros:

  • 12,8% Ortodoxos
  • 6,1% Nenhuma
  • 1,4% Outros Cristãos

Uma pesquisa do Instituto Gallup, de 2009, indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo, pelo menos estatisticamente. Apenas 16% da população considera que a religião desempenha um papel importante em suas vidas.⁴

Porque a Estônia é considerado o país menos religioso do mundo?

Devido a história de sua população marcada invasão de germânicos e dinamarqueses, somando à isso a dificuldade  da língua que, nas igrejas luteranas se pregava em alemão e nas ortodoxas, russo, os estonianos se acostumaram a viver sem religião.

Em 1940 outro agravante, eles passaram a pertencer à União Soviética que desincentivam a religião.

Vinte anos após o colapso da União Soviética, a Estônia, uma das antigas repúblicas do regime comunista, mantém praticamente intacto um traço marcante dos anos em que era dirigida por Moscou – o desinteresse pela religião.

Como quase todas as igrejas foram construídas pelos alemães bálticos, o luteranismo evangélico (protestantismo) se tornou a principal religião na Estônia. O país já esteve sob a influência dos russos, dos dinamarqueses e dos suecos e todos os três deixaram o seu impacto neste país. Os russos czaristas têm trabalhado arduamente para popularizar a Igreja Ortodoxa Russa na Estônia, mas durante a era soviética, o culto público era proibido. Após o colapso da União Soviética, outros antigos Estados soviéticos reavivar imediatamente o cristianismo no ponto de independência. Na Estônia, no entanto, isso nunca aconteceu. Embora a Igreja Luterana seja a maior da Estônia, ela representa apenas 13% da população. Podemos supor que isso esteja ligado à história. Os jovens estonianos aprendem sobre as ondas de invasão e a imposição do cristianismo durante as lições de história. O cristianismo é visto como a fé dos colonizadores, e é por isso que é imediatamente rejeitado. Isso não significa que os estonianos não acreditem em absolutamente nada. Além da religião “padrão”, há outras, por exemplo, adoradores da natureza. Consideram a natureza seu Deus e definem suas religiões como Maausk, que é uma forma de espiritualidade da natureza estoniana. É antes uma religião desorganizada porque não são necessárias cerimônias e textos religiosos. Mais de 50% dos estonianos dizem acreditar em espírito ou força vital. 

CRISTIANISMO

De certo modo, tudo é um desafio para o Cristianismo. Depois de vários séculos de proibição ou limitações, a Igreja só pôde reiniciar livremente a sua atividade nos anos vinte do século passado, atividade que foi rapidamente interrompida pela invasão soviética. Depois de quinze anos de liberdade, mas também de uma forte influência materialista vinda do Ocidente, uma pouca porcentagem  dos estonianos se consideram crentes, e uma pequena parte Católica.

Mas para nós isto poderia ser também uma oportunidade. O cristianismo nos Países Bálticos sempre sofreu por ser considerado importado e, em certa medida, imposto por uma potência ocupante, quer fosse a Alemanha, a Suécia ou a Rússia. A situação atual não se parece em nada com a da Idade Média. Talvez se assemelhe mais com a situação dos primeiros cristãos do Baixo Império Romano. Nós também somos uma pequena minoria, em meio a uma sociedade muito secularizada e acossada pela dúvida e por todo tipo de medo.

​Corresponde-nos mostrar que o cristianismo não se impõe com a espada e o fogo, como dizia uma certa propaganda, mas com o amor e a paz.

PROTESTANTISMO

A maior denominação da Estônia é a Igreja Luterana, mas mesmo assim, ela representa apenas 13% da população. Outro dado interessante, é que lá, apenas os turistas frequentam a igreja, como conta o repórter Tom Esslemont, da BBC, foi ao país báltico conhecer a espiritualidade dos seus habitantes.

Cerca de 70 dos fiéis que participavam do culto dominical da Igreja Luterana de Tallinn eram turistas holandeses. Apenas 15 eram estonianos.

O pastor Arho Tuhkru não vê a baixa frequência como um problema: “As pessoas creem, mas não querem se ligar a uma igreja. Por aqui não temos a tradição de uma família inteira vir à Igreja”.

Embora a Igreja Luterana seja a maior denominação religiosa da Estônia, ela representa apenas 13% da população do país.

A falta de interesse pela religião começa já nas escolas, onde os alunos aprendem que o Cristianismo foi imposto no país pelos invasores germânicos e dinamarqueses.

Ringo Ringvee, especialista em religião, diz que a Estônia “é uma sociedade secular onde a identidade religiosa e nacional não se cruzam”.

Mas o desapego às igrejas tradicionais não significa que os estonianos não acreditem em nada. No país, mais de 50% dos estonianos dizem acreditam em alguma força espiritual, mesmo que não conseguem defini-la.

Quais são os principais desafios encontrados pela igreja?

De certo modo, tudo é um desafio para a Igreja Católica e para o cristianismo em geral num país como a Estônia. Depois de vários séculos de proibição ou limitações, a Igreja só pôde reiniciar livremente a sua atividade nos anos vinte do século passado, atividade que foi rapidamente interrompida pela invasão soviética. Depois de quinze anos de liberdade, mas também de uma forte influência materialista vinda do Ocidente, uma pouca porcentagem  dos estonianos se consideram crentes, e uma pequena parte Católica.

Mas para nós isto poderia ser também uma oportunidade. O cristianismo nos Países Bálticos sempre sofreu por ser considerado importado e, em certa medida, imposto por uma potência ocupante, quer fosse a Alemanha, a Suécia ou a Rússia. A situação atual não se parece em nada com a da Idade Média. Talvez se assemelhe mais com a situação dos primeiros cristãos do Baixo Império Romano. Nós também somos uma pequena minoria, em meio a uma sociedade muito secularizada e acossada pela dúvida e por todo tipo de medo.

Corresponde-nos mostrar que o cristianismo não se impõe com a espada e o fogo, como dizia uma certa propaganda, mas com o amor e a paz

Informações diversas

RELAÇÃO BRASIL

“Embaixada do Brasil em Talin foi aberta em 2011.

​Em 1921, o Brasil reconheceu a independência da Estônia – que havia sido declarada em 1918. Mesmo antes do reconhecimento formal, no entanto, o país já havia votado a favor da admissão da república báltica na Liga das Nações.

Diante do fim da URSS, o Parlamento estoniano aprovou, em agosto de 1991, resolução por meio da qual a Estônia recobrava sua independência “de facto” e reiterava a continuidade do Estado desde 1918. O Brasil reconheceu os efeitos dessa declaração em setembro de 1991, restabelecendo relações diplomáticas plenas em dezembro do mesmo ano.”