
Dados gerais
A Islândia, país insular nórdico, tem uma paisagem exuberante, com vulcões, gêiseres, fontes termais e campos de lava. Suas imensas geleiras estão protegidas nos parques nacionais Vatnajökull e Snæfellsjökull. A maioria da população vive na capital, Reykjavik, abastecida por energia geotérmica e sede dos museus Nacional e Saga, que traçam a história viking da Islândia.
- Capital: Reiquiavique
- Língua oficial: Islandês
- Forma de Governo: República Parlamentarista
- Área total: 102 775 km2
- População: 350 710 habitantes
- Moeda: Coroa Islandesa (ISK)
Religião
A Reforma mostrou-se mais violenta na Islândia que na maioria das terras governadas pela Dinamarca, em parte devido à resistência de dois bispos católicos proto-nacionalistas, Jón Arason e Ögmundur Pálsson, que quase fizeram o país chegar ao ponto de uma guerra civil; tudo isso contra os esforços de Cristiano em promover a Reforma na Islândia. Ögmundur foi deportado pelas autoridades dinamarquesas, em 1541, mas Arason decidiu lutar. A oposição à Reforma efetivamente terminou em 1550, quando Arason foi capturado depois de ser derrotado na Batalha de Sauðafell por forças leais em Dadi Guðmundsson. Arason foi posteriormente decapitado em Skálholt em 7 de novembro de 1550.
Com o luteranismo fixado no país, o catolicismo foi proibido, e as propriedades da Igreja Católica foram assumidas pelos governantes da Islândia. Apesar de o latim permanecer como língua oficial da Igreja da Islândia até 1686, e boa parte da antiga terminologia católica e outros fatores foram mantidos, a Igreja Luterana e a Católica diferem consideravelmente em suas doutrinas. Os católicos que se recusaram a se converter tiveram de fugir, sendo que a maioria foi para a Escócia. Nenhum sacerdote católico era autorizado a pisar em solo islandês por mais de três séculos.
Luteranos
Estatísticas oficiais mostram os luteranos como esmagadora maioria. A igreja principal é a Igreja da Islândia que representa 76,8% da população (2012). A Igreja da Islândia é também a religião do Estado, mas a liberdade religiosa é permitida. Existem várias igrejas luteranas “livres”, que assim totalizam 5,8% da população. Nos últimos anos, tem havido um aumento na proporção de fiéis ligados a essas igrejas. No total, cerca de 83% da população afirmam-se de alguma forma luteranos. No entanto, essas estatísticas são consideradas enganosas por alguns, uma vez que a maioria das pessoas são automaticamente registrados como membros da Igreja da Islândia. Estimativas indicam que 11% da população frequenta serviços religiosos regularmente e 44% vão apenas de vez em quando.
Petencostais
Os pentecostais são o terceiro maior grupo religioso da Islândia. Há igrejas pentecostais em Keflavík, Akureyri e na capital.
Anglicanos
O anglicanismo está em uma posição incomum na Islândia. Embora significativa como uma fé a nível mundial (com 80 milhões de membros), tem uma presença limitada na Islândia e sua expansão futura pode ser limitada por sua entrada em um “acordo de plena comunhão” com a Igreja da Islândia, conhecida como o Comunhão de Porvoo. Assim, anglicanos podem efetivamente se considerarem luteranos, enquanto na Islândia, e os dois corpos têm um pleno reconhecimento entre fé e prática, a vida sacramental, e ministério um do outro. No entanto, uma única congregação anglicana se reúne mensalmente em Reykjavik, usando a igreja luterana Hallgrímskirkja para celebrar no idioma inglês, de acordo com os ritos da Igreja da Inglaterra.

Informações diversas
RELAÇÃO BRASIL
Brasil e Islândia estabeleceram relações consulares em 1923 e diplomáticas em 1952. A Embaixada do Brasil em Oslo (Noruega) está encarregada da representação brasileira junto ao Governo islandês.
A Islândia é representada no Brasil por sua Embaixada em Washington e conta com Cônsules Honorários em São Paulo e no Rio de Janeiro. Grupo de imigrantes islandeses se estabeleceu no Brasil em meados do século passado e mantêm até hoje contato com seu país de origem.
A religião na Islândia começou com o paganismo nórdico que era uma crença comum entre os escandinavos medievais, até a conversão cristã. Mais tarde, o país tornou-se meio cristão e, em seguida, quase que plenamente cristão.
Esta cristianização crescente culminou no pietismo, período em que atividades não-cristãs eram desencorajadas. Atualmente, a população é esmagadoramente luterana. No entanto, batistas, católicos, Testemunhas de Jeová e outras minorias cristãs existem. A segunda maior religião após o cristianismo é o neopaganismo germânico.
Uma pesquisa da ”Gallup” realizada em 2011 constatou que 60% dos islandeses consideram a religião algo não importante em suas vidas diárias, uma das mais altas taxas de irreligião do mundo.
Existem 41 religiões registradas na Islândia, 43 se você incluir “outros” e aqueles que não apresentam uma religião. A maioria deles são organizações cristãs variadas, com a adição de grupos, incluindo muçulmanos, pagãos e budistas. De todos os grupos cristãos, a Igreja Nacional da Islândia é a maior. Esta organização tem 245.184 membros de uma população total de 321.857 pessoas. Há 16.608 pessoas no grupo sem uma religião. Em outras palavras, 94,8% das pessoas são membros registrados de algum grupo religioso. Isso faz da Islândia um dos países mais religiosos do planeta.
Mas se olharmos para a freqüência à igreja, as coisas são um pouco diferentes. Não mais do que dez por cento da população vai à igreja uma vez por mês ou mais. Alguns afirmam ir apenas uma vez por ano. Um bom exemplo é a Igreja de Reykjavík Free, um local de shows regulares e também registrada com quase 10.000 membros. Porém, durante os cultos ao longo da semana, se vai uma média de 200 membros.
Religião: Zoismo começa a ganhar espaço entre os Islandeses
Mais de 3100 islandeses, quase 1% da população da ilha, se denominaram seguidores dos antigos deuses e deusas da Suméria.
Na realidade, os islandeses estão a converter-se ao zoísmo, uma religião em que até o porta-voz se afirma agnóstico e que promete devolver os impostos religiosos que os cidadãos são obrigados a pagar.[9]
Na Islândia a população é obrigada a registar a sua religião e parte dos impostos é encaminhada para as respetivas igrejas. Mas os ateus e pessoas sem religião têm de pagar na mesma. “Não há outra opção”, declarou Sveinn Thorhallsson, porta-voz da religião. “Quem não está afiliado ou pertence a religiões não registadas paga impostos mais altos”.[10]
Cerca de 75% das pessoas estão registadas na Igreja Evangélica Luterana, mas há mais de 40 outras religiões que se qualificam para as “taxas paroquiais”.
Outros Cristãos
De acordo com as Testemunhas de Jeová, a organização tem 348 membros na Islândia, em cinco congregações.[8]
Já a Ortodoxia Oriental, especialmente as Igrejas Ortodoxas Sérvia e Russa, têm uma pequena presença na ilha. Várias outras denominações cristãs estão representados com menos de 1.000 adeptos registados.
Católicos
O catolicismo romano é a maior religião não luterana na Islândia, que permanece praticada por uma pequena minoria (2,5% da população). Há uma diocese no país, a diocese de Reykjavíkcom Pierre Bürcher como bispo.[9] Estima-se que metade dos católicos do país são de origem estrangeira, sendo os principais grupos filipinos e poloneses. No entanto, mesmo que estes estejam excluídos, os católicos são ainda cerca de 1% dos islandeses nativos, um valor mais elevado do que para todas as outras etnias escandinavas (exceto se consideramos os escandivo-americanos).
No século XX, a Islândia teve algumas notáveis, mesmo que às vezes temporárias, conversões ao catolicismo. Por um tempo, Laxness Halldór foi católico. Embora isso não durou, seu período católico é de importância, devido a sua posição na literatura islandesa moderna. Um escritor mais resolutamente católica em islandês foi Jón Sveinsson. Ele se mudou para a França aos 13 anos e tornou-se um jesuíta, permanecendo na Companhia de Jesus para o resto de sua vida. Ele era muito querido,
como autor de livros infantis (escritos em alemão) e até apareceu em selos postais.
REFLEXÃO
Onde entra o verdadeiro evangelho?
Não apenas na Islândia, mas em muitos países da Europa, as pessoas estão apegadas apenas em títulos e denominações. A porcentagem evangélica continua predominando, mas a frequência à igreja é muito baixa. Uma pesquisa, feita na Islândia em 2015 mostrou que, muitas pessoas acreditam que houve um Jesus, mas não acreditam que ele é Deus.
Um pastor de uma igreja na Letônia afirmou que ir a igreja não é necessário e não vê a baixa procura por uma vida com Cristo, como um problema.
Missionários relatam dificuldades de que o evangelho seja aceito pela população, porque o povo está muito apegado a antigas tradições. E a crescente procura por uma religião antiga na Islândia (zoísmo) é uma prova disso.
Onde está o verdadeiro evangelho? O que está acontecendo na Europa?
Precisamos orar pela Europa. Orar para que Deus promova um avivamento.
- Por estar às margens do Círculo Polar Ártico, a Islândia, assim como qualquer lugar de altas latitudes, tem dias longuíssimos no verão e noites intermináveis no inverno. Na ilha, em junho, o sol se põe após a meia-noite e nasce logo depois, às 3h. Por isso, é normal as pessoas ficarem de óculos escuros o tempo todo.
- Água quente é um padrão. Não porque o país é gélido, mas devido às fontes de águas termais, que se espalham por toda a ilha. Por isso, os spas, lagoas e piscinas aquecidas são muito comuns. É tanto potencial energético que 100% da eletricidade no país vem de fontes renováveis.
- Bóndadagur é um feriado para celebrar os maridos. Celebrada em data variável, de acordo com um antigo calendário islandês, a festa tem uma comilança braba. Esposas homenageiam os maridões com iguarias como tubarão fermentado, cabeça de ovelha e testículo de cordeiro. A Islândia também tem um dia dedicado às mulheres, no mês seguinte.