
Dados gerais
A Turquia é uma nação que se estende do leste da Europa ao oeste da Ásia e mantém conexões culturais com os antigos impérios grego, persa, romano, bizantino e otomano. A cosmopolita Istambul, no Estreito de Bósforo, abriga a famosa Basílica de Santa Sofia, com sua cúpula elevada e seus mosaicos cristãos, a enorme Mesquita Azul, do século XVII, e o Palácio de Topkapı, datado aproximadamente de 1460, uma antiga residência de sultões. Ankara é a capital moderna da Turquia.
- Capital: Ancara
- Cidade mais populosa: Istambul
- Língua oficial: Turco
- Governo: República Unitária Presidencialista
- Área: 783.562 km2
- População: 75.627.384 habitantes
- Moeda: Lira Turca
Religião
A Turquia é um estado secular, sem religião oficial; a constituição consagra a liberdade religiosa e de consciência.
O Islão é a religião dominante no país em número de seguidores — 97% ou 98% da população é muçulmana “praticante”, um número que segundo algumas fontes sobe para mais de 99% (alguns referem 99,8%[10]) se os “não praticantes” forem contabilizados.
No entanto há estudos que apontam para que a percentagem de muçulmanos que observam a generalidade dos preceitos islâmicos, como o de rezar todos os dias e ir à mesquita pelo menos na sexta-feira, não ultrapasse os 66%.
A maioria da população não muçulmana (entre 0,2% e 1%) é cristã (140 000; 0,2%) mas também há judeus (c. 35 000), yazidis (c. 2 500), yarsanistas (50 000) e bahá’ís (c. 15 000).
Os cristãos são sobretudo apostólicos ou ortodoxos arménios (50 000), católicos romanos de rito arménio (2 500), protestantes arménios (500) e ortodoxos sírios (15 000), mas também há católicos romanos de rito latino (5 000), católicos romanos de rito caldeu (5 000), ortodoxos gregos (entre 3 000 e 4 000) e protestantes (3 000).
Os restantes credos cristãos têm cerca de 3 000 seguidores.
Segundo um estudo de 2007, cerca de 3% da população turca é ateia ou agnóstica.
O papel da religião tem originado alguma controvérsia desde que surgiram os primeiros partidos islamistas.
A República da Turquia foi fundada sobre uma constituição estritamente secular que proíbe a influência de qualquer religião, incluindo o Islão, e há algumas questões sensíveis que são fonte de incessantes polémicas e debates, nomeadamente a proibição de algumas peças de vestuário em escolas, universidades e edifícios públicos, como o hijab (lenço ou peça de pano para cobrir a cabeça das mulheres), que os setores mais fiéis ao kemalismo vêm como símbolos muçulmanos.
Tem havido diversas tentativas para acabar com essas proibições por parte das forças políticas islamistas que desde os anos 1990 têm estado no governo.
Ao contrário do que se passa na generalidade de outros países islâmicos, as forças políticas mais tradicionalistas e conservadoras da Turquia são fortemente laicas, enquanto que os islamistas moderados se encontram entre os adeptos mais convictos de uma aproximação e abertura ainda maior ao Ocidente, nomeadamente defendendo a adesão à União Europeia, a qual implica uma série de reformas liberalizantes tanto no plano econômico, como a no plano social e legal.